segunda-feira, 1 de junho de 2009

Guaianases




Nome do bairro provém de um antigo aldeamento indígena
Bairro originado de aldeamento indígena, de onde provém seu nome. Por volta de 1820 os índios já estavam extintos e a terra encontrava-se em mãos de particulares. No Vale do Ribeirão Lajeado, em terras pertencentes à família Bueno, foi edificada uma pousada e uma pequena capela para recepção dos viajantes que cruzavam a região. Atualmente o Cemitério Lajeado localiza-se nas referidas terras.
A Capela de Santa Cruz do Lajeado, edificada por determinação do Sr. Manoel Joaquim Alves Bueno, foi inaugurada no dia 3 de maio de 1861. Em torno da capela o povoado de Guaianases desenvolveu-se, tendo ficado a data da inauguração do pequeno templo religioso como o início do bairro. A partir de 6 de novembro de 1857 a área em torno da capela passou a ser designada de Lajeado Velho e o entorno da Estação Ferroviária foi chamado de Lajeado Novo.
Neste último núcleo de povoamento construiu-se, ao final do século XIX, a Capela Santa Cruz. A primitiva Capela de Santa Cruz do Lajeado teve sua padroeira trocada para Santa Quitéria, a fim de que esta capela não fosse confundida com a capela do Lajeado Novo. Nas terras ocupadas por moradores dispersos pelo território eram cultivados produtos agrícolas - verduras, frutas, flores - e agropecuários.
O bairro encontrou algum desenvolvimento por volta de 1920. A instalação de olarias na região e a chegada da Estrada de Ferro Norte deram impulso à área. Pelos trilhos vieram os imigrantes italianos estabelecendo-se como comerciantes, fabricantes de vinho, fabricantes de tachos de cobre, ferreiros e carpinteiros. Os espanhóis também se fariam presentes a partir de 1912 para dedicar-se à extração de pedras através das Pedreiras Lajeado e São Matheus.
O crescimento de Lajeado foi lento e embasou-se na presença de imigrantes e de migrantes. A partir da segunda década do século XX a região começou a receber um grande número de migrantes nordestinos, que representariam parte significativa da população local. Mão-de-obra não especializada, os moradores passaram a desempenhar as diversas tarefas requisitadas pela cidade que crescia em ritmo frenético.
A baixa remuneração fez brotar um bairro embasado na autoconstrução, com residências muitas vezes erguidas em área de risco.
Em 30 de dezembro de 1929 Lajeado era elevado à condição de Distrito. Os primeiros loteamentos de Lajeado surgiram a partir da segunda década do século XX, como Vila Iolanda (1926), CAIC (1928), Princesa Isabel (1928) e parte da Fazenda Santa Etelvina (1926), que abrigou famílias alemãs e austríacas.
A Fazenda Santa Etelvina ligou-se à Estação do Lajeado através de um ramal particular, que funcionou de 1908 a 1937. Através dos trilhos da fazenda vários produtos eram escoados lenha, tijolos, pedras, carvão e produtos agrícolas. Mesmo com um crescimento populacional significativo (aproximadamente 1600 pessoas), em 1934 só havia um estabelecimento escolar: a Escola Reunidas de Lajeado (1837). A Agência de Correios data de 1837; em 1895 criou-se uma subdelegacia de polícia. Havia duas Agremiações esportivas, o Atlas Lajeadense F.C. (1915) e a União F.C. (1934). As duas agremiações fundiram-se em 1946, dando origem ao atual Guaianases F.C.
O bairro recebeu o nome oficial de Guaianases em 24 de dezembro de 1948. Em 1950 a população de Guaianases ultrapassava 10.000 habitantes, configurando-se naquela ocasião como bairro-dormitório. Por essa época a ligação com o centro da cidade dava-se através de uma Maria Fumaça, que perderia seu lugar para os trens elétricos a partir de 1958. O crescimento desordenado do bairro - alavancado sobretudo a partir de 1940, com a intensificação das migrações permitiu a ocupação de áreas de manancial e de regiões sujeitas a enchentes e de alto risco para o estabelecimento de moradias.
O déficit de moradias é um problema que reclama solução urgente,a fim de evitar a continuidade de áreas perigosas e insalubres.



Memórias de um bairro esquecido
O que hoje falta na região - terrenos disponíveis - era abundante até algumas décadas atrás. Apesar de pouco povoado, Guaianases era um centro produtor e abastecia outros bairros paulistas com flores, uvas, telhas e tijolos.
O primeiro bar, a primeira farmácia, a chegada do bonde, os tempos em que Tarzan estreava no cinema-mudo e em que o professor ia de casa em casa buscar crianças em idade escolar. Aos 87 anos, todos eles vividos em Guaianases - desde o tempo em que a região era conhecida apenas como Lageado - , o contador João Radiante representa a memória de um bairro esquecido pelo resto da cidade.
Radiante é filho de imigrantes italianos da região da Toscana, que chegaram a Guaianases levados pelos trilhos da Estrada de Ferro do Norte no final do século XIX. Aliás, os imigrantes contribuíram muito para o desenvolvimento da região, em especial italianos e alemães. Entre os sobrenomes mais tradicionais - facilmente nomeando ruas e praças - estão Thadeo, Gianetti, Diório, Pucci, Calabrez e Prandini.
O que hoje falta na região - terrenos disponíveis - era abundante até algumas décadas atrás. Apesar de pouco povoado, Guaianases era um centro produtor e abastecia outros bairros paulistas com flores, uvas, telhas e tijolos. “A nossa chácara era a maior produtora de uvas da época”, lembra Radiante sobre o negócio conduzido pelo avô. As telhas e tijolos da olaria de outra família de imigrantes enchiam de 10 a 18 vagões de trem todos os dias com destino ao Brás e à Mooca.
O primeiro bar do bairro foi aberto por Radiante em 1938 em frente à estação de trem. Alguns anos depois, Radiante deixou o negócio para um de seus primos e desbravou o campo da contabilidade. “Fui durante um longo tempo o único contador daqui. Eu cuidava de 48 firmas”, lembra. O escritório segue a passos firmes, tocado hoje por um sobrinho.
Livre dos problemas da empresa, João Radiante se preocupa agora em organizar as fotos e documentos que guardou ao longo de tantas décadas para escrever um livro sobre a imigração italiana no Brasil. O bairro, por sua vez, não foi tão preservado quanto a memória dos imigrantes. Extensamente povoado a partir dos anos 80, hoje lembra muito pouco as fotos da infância de Radiante, onde a vegetação dominava a cena. “Mas eu não saio daqui. Esta é minha terra”, afirma.



Um inventário de carências no caminho da antiga Central do Brasil
Guaianases, no extremo leste de São Paulo, é apontado como um dos bairros mais carentes da cidade, ao lado de Jardim Ângela, Grajaú, Pedreira, Campo Limpo, Jardim São Luiz e Jardim Helena.
Guaianases não é um dos bairros mais atraentes de São Paulo, a começar pela localização: extremo leste da cidade, na fronteira com Ferraz de Vasconcelos. São longos 25 quilômetros até o centro da cidade, distância que pode ser percorrida de trem ou de ônibus. Leva-se, no mínimo, 30 minutos. Também não há nenhum ponto de atração turística, parques ou eventos “badalados”. A região é carente.
Uma pesquisa de 2003 do CEM (Centro de Estudos da Metrópole) da USP (Universidade de São Paulo) apontou Guaianases e Lajeado como duas das áreas mais vulneráveis da capital, ao lado de Jardim Ângela, Grajaú, Pedreira, Campo Limpo, Jardim São Luiz e Jardim Helena. O mapeamento levou em conta o acesso – ou a falta dele – da população a equipamentos públicos como unidades de saúde, escola e lazer.
Em Guaianases, 60,2% dos chefes de família ganham no máximo três salários mínimos, segundo dados da Fundação Seade do ano 2000. Mais de 15% dos 400 mil moradores vivem em favelas, número mais alto que do município como um todo: 11%. A taxa de analfabetismo é de 7,7% quando a média da cidade é de 4,88% e as taxas de defasagem escolar também são altas, muito embora não faltam vagas nas escolas municipais da região, segundo a Subprefeitura.
Com tudo isso Guaianases ganhou um oitavo lugar entre as 31 Subprefeituras com a pior qualidade de vida em uma pesquisa realizada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e divulgada no início deste ano. O índice avaliou educação, longevidade, renda, saúde, meio ambiente, qualidade das moradias, cultura e lazer, segurança e justiça.
“É um bairro-dormitório”, define o padre José Antonio, coordenador do projeto Ação Comunitária Social Joilson de Jesus. Segundo ele, além de mais investimentos sociais faltam empresas e indústrias à região que possam oferecer emprego à imensa massa de jovens.
A Ação Comunitária é uma entidade conveniada à Prefeitura que mantém quatro creches e dois centros da juventude no bairro de Vila Iolanda. No total são atendidas 1.530 crianças e adolescentes, segundo o coordenador da entidade. A miséria da região pode ser claramente sentida nos centros da juventude, diz o padre José Antonio. “Muitas crianças participam do projeto apenas para se alimentar”. Só que, para se inscrever, é preciso estar matriculado em uma escola e participar das atividades diárias dos centros, com aulas de reforço e cursos extras.
As condições sociais favorecem a violência. Uma pesquisa Seade divulgada em 2004 colocou Guaianases entre os distritos com maior número de homicídios da capital, superando 85 para cada grupo de 100 mil habitantes. A média de São Paulo ficou em 47, e os distritos menos violentos registraram números abaixo de 7 homicídios.
No entanto, a comunidade vem lutando para reduzir estes índices e melhorar a qualidade de vida da população local. Há oito anos foi criado o Conseg (Conselho de Segurança) de Guaianases, reunindo representantes das polícias civil e militar, da comunidade e da administração municipal. Um dos grandes desafios do Conseg foi fazer com que a população confiasse na polícia e deixasse de vê-la como inimiga. “Eles têm medo, vêem a polícia como repressora”, diz Franklin Karbstein, atual presidente do conselho.
A primeira medida, tomada quando a mãe de Franklin presidia o grupo, foi conscientizar as crianças, humanizando as relações entre a população e a polícia. Atualmente o Conseg mantém os programas Bombeiros do Futuro, atendendo a 180 crianças, premia os policiais que mais se destacam e organiza o Passeio Ciclístico pela Paz e Segurança.
Queda nos homicídios
As ações mostraram resultados. O número de homicídios, que foi de 91 em 2003, caiu para 30 em 2004 e para 24 até agosto de 2005. A comunidade vem assimilando a idéia de que a participação nas decisões do Conseg é importante e o número de participantes nas reuniões – realizadas uma vez por mês – já chega a 100, quando a média no estado é de 15 pessoas. “É o conselho com a maior participação popular em São Paulo”, comemora o presidente. “É importante envolver a população nos projetos”. O grande problema hoje referente à criminalidade são os roubos nos trens da CPTM, segundo Franklin.
Já na opinião do padre José Antonio os números da criminalidade não são tão promissores quanto parecem. “Para quem vive aqui a violência é uma constante. A diferença entre o que se quer e a realidade é muito grande”, avalia.
Outras dificuldades do dia-a-dia preocupam a população. Entre as maiores demandas registradas na Subprefeitura estão a canalização de córregos, a pavimentação de ruas e a construção de escadarias. A atual administração já asfaltou 7 quilômetros neste ano, mas pelo menos 40 ainda aguardam na fila. As obras de canalização da avenida Alcides da Costa Vidigal, paralisadas desde outubro de 2004 foram retomadas e o mesmo aconteceu com a rua Armada Cabralina, em parceria com a prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Outras duas vias devem começar a ser asfaltadas nos próximos dias: Santana dos Olhos D´Água e Trevo de Borgonha, na Vila Cosmopolita e Odete, respectivamente.
A região do mercado municipal também receberá intervenções. O córrego que passa ao lado do mercadão, o Itaquera-Mirim, será canalizado – a obra já está autorizada – e o próprio mercado passa por reformas: ganhou banheiros e em breve receberá alambrados. Os cerca de 500 ambulantes que se acumulam nas redondezas serão reorganizados, de acordo com os planos da subprefeitura.
As favelas representam um caso mais complexo. A maioria das ocupações irregulares data de décadas atrás e boa parte das moradias já é de alvenaria. A solução seria, de acordo com a subprefeitura, regularizar os espaços, especialmente nos jardins São Paulo e Santa Etelvina.
O líder comunitário e membro do conselho do CEU Jambeiro Tarcísio Brandão Eufrásio, morador há 13 anos do Jardim Aurora, sabe o quanto a regularização dos terrenos preocupa a comunidade. “Não posso andar pelo bairro que todos me cobram”, diz, explicando que o problema se arrasta há anos. Por se tratar de área irregular, muitas ruas não têm CEP e a Prefeitura não pode fazer serviços de pavimentação.
Cultura e lazer são indicativos de qualidade de vida, como aponta a pesquisa do Mackenzie. Estas são áreas deficitárias em Guaianases, que conta com duas bibliotecas municipais e quatro Centros Desportivos Municipais (CDMs). Há poucas praças e os campos de futebol estão em condições precárias de uso.
Uma das únicas alternativas dos moradores são as chamadas “ruas de lazer”, fechadas aos domingos para recreação das crianças. Há 50 delas cadastradas na subprefeitura que são fechadas alternadamente, de acordo com a demanda da população.
A opção mais concorrida, no entanto, é o CEU Jambeiro. Com três quadras poliesportivas, dois campos de futebol e três piscinas, além de telecentro e biblioteca, o CEU se transforma em um clube e reúne até mil pessoas nos finais de semana mais quentes. O centro oferece ainda uma extensa programação cultural, com filmes, shows de música, teatro e campanhas de saúde voltadas à comunidade. No mês de setembro o tema será colesterol.
No CEU estudam mais de dois mil alunos, da creche à 8a série do ensino fundamental. Deste total 260 já estão incluídos no programa “São Paulo é uma Escola” e estudam em período integral. No tempo extra em que ficam no colégio os estudantes têm aulas de informática, xadrez e dança, entre outros.
Um dos projetos da subprefeitura para ampliar as opções de lazer é criar um centro de eventos em uma das poucas áreas disponíveis na região: um fundo de vale de 6 mil metros quadrados entre as ruas Arraial dos Gorinos e Castanho da Silva. A idéia é que este espaço seja entregue à população até o final do ano.
Antes disso os fãs do futebol terão melhores condições de jogar a pelada do fim de semana. Isto porque a administração local e os cerca de 20 clubes pretendem se unir para reformar os campos em mutirão. A subprefeitura vai entrar com o material e os clubes com a mão-de-obra. O programa, batizado de Esporte e Lazer com Inclusão Social, foi lançado no domingo (28/08), no Jardim São Carlos e prevê ainda a criação de escolinhas de futebol em todos os campos. Para cada R$ 1 mil repassados pela Prefeitura o clube deverá manter duas crianças na escolinha.
A subprefeitura vai aproveitar a oportunidade e lançar também o IPTU individualizado na Vila 1° de Outubro. Como as escrituras dos imóveis foram feitas coletivamente, o pagamento é coletivo e, em conseqüência, todos sofrem com os inadimplentes. Com o carnê individualizado cada família fica responsável por pagar a sua parte do IPTU, sem ficar devedora por causa do vizinho.





Guaianases, de pouso de Bandeirantes a grande (Creditos deste Texto:
Prof. Jesus Matias de Melo - pesquisador e historiador da região leste. Tem dois trabalhos premiados sobre o Itaim Paulista.
É assessor na Diretoria Regional de Educação Itaquera )



Guaianases é um dos grandes bairros da cidade de São Paulo, está situado no extremo leste da cidade, na divisa com o município de Ferraz de Vasconcelos.
No ano vindouro, 2009, em dezembro, completará 80 anos desde a sua elevação a distrito, é um marco importante em sua história que merece ser comemorado com grande alegria. Ao lançar o olhar sobre o Guaianases de hoje, verifica-se o impressionante desenvolvimento por que passou este antigo subúrbio paulistano no decorrer de pouco mais de meio século. Tempo relativamente curto se tomarmos como parâmetro a sua origem histórica.



E impossível traçar qualquer paralelo. Guaianases possui, em todos os sentidos, porte superior a muitas cidades do estado de São Paulo. Nos tempos idos não existia a denominação rua nem avenida, eram caminhos e estradas. Para facilitar a compreensão da origem histórica de Guaianases, o leitor precisa conhecer os nomes destes vários caminhos que favoreciam a comunicação inter-bairros e fazendas em nossa região desde o início da colonização portuguesa: a Estrada do Caaguassu (atual bairro de Itaquera); a Estrada da Passagem Funda (antiga Estrada do Iguatemi); Estrada do Lajeado (atual bairro de Guaianases); o caminho de Urarai (atual bairro de São Miguel Paulista); o Caminho de Biacica (atual bairro de Itaim Paulista) e a Estrada Geral de São Paulo ao Rio de Janeiro, a mais importante de todas, pois era através dela que São Paulo se comunicava com as cidades de Mogi das Cruzes, do Vale do Paraíba, Rio de Janeiro e também com as cidades do litoral paulista.
Por esta estrada transitaram índios, jesuítas, colonizadores, bandeirantes, cronistas, historiadores e até mesmo D. Pedro I quando de sua viagem a São Paulo, em agosto de 1822. No entroncamento do Caminho de Biacica (atual Estrada D. João Néri) e a Estrada Geral, formou-se uma pequena parada onde os tropeiros e viajantes aproveitavam para descansar e dar água para os animais de sua tropa, pois no local brotava a fonte de água cristalina que dava origem ao córrego Imbiacica (atual córrego do Lajeado) e este caminhava em direção ao Rio Tietê.
Este pequeno pouso ficava exatamente no meio dos caminhos que iam para Ururai (São Miguel), Caaguassu (Itaquera) e Biacica (Itaim). Por estar entre duas grandes fazendas e à margem da Estrada Geral, próximo à pequena parada (pouso) foram construídas algumas casas que deram origem a um pequeno povoado denominado de Lajeado (depois Lajeado Velho).
As Fazendas Biacica (depois Fazenda Itaim) e Caaguassu (depois Fazenda do Carmo) tinham em comum o mesmo proprietário: a Província Carmelitana Fluminense, organização católica que administrava os bens da Ordem da Carmo e chegou ao Brasil em 1594. Entre elas, na segunda metade do século XVIII em diante, acontecia uma grande movimentação de pessoas que perdurou até a inauguração da Estação do Lajeado, em 06 de novembro de 1875. Nesta época, no Lajeado velho foi construído um cemitério municipal e uma capela que teve como padroeira Santa Quitéria. Não faz muito tempo, a capela foi demolida e no local foi construída uma igreja nova. O cemitério tornou-se pequeno e em frente ao antigo foi construído um novo onde o Serviço Funerário Municipal instalou um Velório.
Estrada de Ferro
Em 06 de novembro de 1875, com a presença do Presidente da Província de São Paulo (Governador do Estado), Doutor Sebastião José Pereira e demais autoridades, foi solenemente inaugurado o tráfego da Estrada de Ferro entre São Paulo e a cidade de Mogi das Cruzes. O trem inaugural saiu da Estação do Norte (Brás) às 10:10 h da manhã e chega a Mogi ao meio-dia, onde foi recebido com grande júbilo pela população e autoridades local.
Na mesma data em que o primeiro trecho da Estrada de Ferro foi colocado em funcionamento, inaugura-se também a Estação do Lajeado onde o povo, com grande ansiedade, ficou aguardando a passagem daquele que seria o primeiro trem a cruzar a sua estação. Este acontecimento ocorreu por volta das 11h da manhã do memorável dia 06 de novembro de 1875. O adensamento populacional ocorrido nas proximidades da nova estação passou a ser conhecido como Lajeado Novo, para diferenciar do Velho. Em 1924, a estação de trem muda o nome, de “Lajeado” para “Carvalho Araújo”, em homenagem a um diretor da Central do Brasil Dr. João Carvalho Araújo. Em novembro de 1943, recebe a denominação atual “Guaianases”.
Nasce Lajeado/Guaianaes:
Guaianases, em tempos idos, esteve subordinado ao Distrito da Penha de França até 16 de maio de 1891, quando foi criado o Distrito de São Miguel. A partir desta data, todos os bairros próximos ao Distrito sede a ele estavam subordinados.
Com a criação do distrito de Itaquera, em 27 de dezembro de 1920, desmembrando- se de São Miguel, o Lajeado passou a fazer parte deste Distrito, porém não era isso que o seu povo queria, se o bairro vizinho alcançara a sua autonomia administrativa, o Lajeado também pleiteava essa condição, nove anos após, em 30 de dezembro de 1929, foi criado o distrito do Lajeado. Em 1945, recebeu o nome de Guaianases em homenagem à antiga nação indígena dos guaianás que habitavam a região do Planalto de Piratininga por ocasião da chegada do colonizador português Martim Afonso de Souza, em 1532.
Nesta época se destacavam três grandes chefes guaianás e que eram irmãos: Tibiriçá, Caiubi e Piquerobi.










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